segunda-feira, 30 de maio de 2016

"Pilúla do Câncer" Fosfoetanolamina Sintética

Podemos definir o câncer como uma doença caracterizada pelo crescimento desordenado de células. Essa ocorrência origina tumores malignos, que podem espalhar-se por diversas partes do corpo. Existem mais de 100 tipos diferentes de câncer, alguns de tratamento rápido e outros de tratamento relativamente complicado.
Diante dos números crescentes de ocorrência dessa doença, principalmente em razão do aumento de hábitos pouco saudáveis, é frequente busca por novos tratamentos. Tradicionalmente as técnicas mais utilizadas são cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Recentemente um novo tratamento surgiu e ganhou atenção em todo o Brasil: a fosfoetanolamina sintética.


O que é a fosfoetanolamina sintética?

A fosfoetanolamina sintética, também chamada de “pílula do câncer”, é uma substância que foi desenvolvida pelo pesquisador Gilberto Chierice, da Universidade de São Paulo (USP), do campus de São Carlos. O pesquisador responsável pela pílula afirma que ela atua em diferentes tipos de câncer, o que levou a uma grande busca pelo produto.
Vale destacar, no entanto, que, apesar da afirmação de eficácia, não foram feitos estudos clínicos controlados em seres humanos, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não autorizou a produção da substância, que não pode ser, portanto, chamada de medicamento. Ao começar a distribuição, os pesquisadores possuíam apenas os resultados de estudos feitos em camundongos.

Qual é a importância de estudos científicos sobre a ação da fosfoetanolamina em humanos?

Apesar de ter sido distribuída por mais de 20 anos pela USP, a substância não foi testada cientificamente em seres humanos. Isso significa que não se sabe se há riscos em relação ao uso do produto e se a “pílula do câncer” é realmente eficaz.
Muitas pessoas, no entanto, afirmam que, por ser usada em pacientes terminais, a pílula seria como uma última tentativa na luta contra a doença. Porém, devemos sempre ter em mente que um produto que os seus efeitos colaterais não são conhecidos pode trazer dor e maior sofrimento aos pacientes. Sendo assim, não é porque uma pessoa encontra-se em estado terminal que devemos expô-la a riscos.

Quais foram os resultados dos testes iniciais com a fosfoetanolamina sintética?

No dia 18 de março de 2016, os primeiros resultados de testes in vitro com fosfoetanolamina sintética foram apresentados e demonstraram pouca eficiência. O primeiro problema diz respeito à concentração de fosfoetanolamina na cápsula, que era menor que o esperado. Observou-se também a presença de compostos que não deveriam estar presentes. Os componentes encontrados foram água, monoetanolamina protonada, fosfobisetanolamina e fosfatos de cálcio, magnésio, ferro, manganês, alumínio, zinco e bário.
Além da quantidade baixa da substância e da composição incorreta, observou-se que a fosfoetanolamina não apresentou atividade citotóxica (capacidade de destruir as células cancerígenas) nem antiproliferativa (capacidade de impedir que as células multipliquem-se). A única substância que apresentou atividade contra as células cancerígenas foi a monoetanolamina, mas com eficácia relativamente baixa.
Apesar de os testes in vitro não apresentarem os resultados esperados, testes com material in vivo devem ser realizados. Segundo o relatório publicado por responsáveis pelo estudo, uma molécula não citotóxica ou citotóxica em altas concentrações pode apresentar, conforme evidenciam os trabalhos publicados com fosfoetanolamina, potencial antitumoral in vivo, possivelmente por depender de rotas metabólicas para desencadear sua ação. Sendo assim, os resultados preliminares não são definitivos e necessitam de maiores testes.

Os médicos podem receitar a fosfoetanolamina sintética?

A fosfoetanolamina sintética não é um medicamento liberado pela Anvisa e, portanto, um médico não pode prescrevê-la como medicamento. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo informou ainda que, caso um médico recomende o uso do produto, poderá sofrer advertência e até mesmo cassação.



OBS: Os relatórios produzidos pelos laboratórios que estudam a fosfoetanolamina são publicados no site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). http://www.mcti.gov.br/relatorios-fosfoetanolamina



Fonte:
SANTOS, Vanessa Sardinha Dos. "Pílula do câncer (Fosfoetanolamina Sintética)"; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/saude/pilula-cancer.htm

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Diabetes Mellitus

O que é Diabetes?

Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta. A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta, portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.


O que é Diabetes Tipo 1?

Em algumas pessoas pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença.
O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

O que é Diabetes Tipo 2?

O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia.
Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.


Como saber se está Diabético?

O diagnóstico laboratorial pode ser feito de três formas e, caso positivo, deve ser confirmado em outra ocasião. São considerados positivos os que apresentarem os seguintes resultados:

1) glicemia de jejum > 126 mg/dl (jejum de 8 horas)
2) glicemia casual (colhida em qualquer horário do dia, independente da última refeição realizada (> 200 mg/dl em paciente com sintomas característicos de diabetes.
3) glicemia > 200 mg/dl duas horas após sobrecarga oral de 75 gramas de glicose.

O diagnóstico precoce do diabetes é importante não só para prevenção das complicações agudas já descritas, como também para a prevenção de complicações crônicas.


A Importância do Acompanhamento Médico

É importante que o paciente compareça às consultas regularmente, conforme a determinação médica, nas quais ele deverá receber orientações sobre a doença e seu tratamento. Só um especialista saberá indicar de forma correta:

• a orientação nutricional adequada,
• como evitar complicações,
• como usar insulina ou outros medicamentos,
• como usar os aparelhos que medem a glicose (glicosímetros) e as canetas de insulina,
• fornecer orientações sobre atividade física,
• fornecer orientações de como proceder em situações de hipo e de hiperglicemia.

Esse aprendizado é fundamental não só para o bom controle do diabetes como também para garantir autonomia e independência ao paciente. É muito importante que ele realize suas atividades de rotina, viajar ou praticar esportes com muito mais segurança. É importante o envolvimento dos familiares com o tratamento do paciente diabético, visto que, muitas vezes, há uma mudança de hábitos, requerendo a adaptação de todo núcleo familiar.

Exames de Rotina
Há os exames diários que o paciente pode fazer sozinho, medindo sua glicose com os aparelhos chamados glicosímetros, e também as canetas de insulina.
De acordo com a necessidade, as consultas devem ser mensais, bimestrais ou trimestrais. Nas consultas são solicitados os exames que devem incluir a glicemia, a hemoglobina glicada trimestral (que dá a média da glicemia diária nos últimos 2 a 3 meses), função renal anual (uréia, creatinina, pesquisa de micralbuminúria), perfil lipídico anual ou semestral, avaliação oftalmológica anual, avaliação cardiológica. Os demais exames devem ser solicitados de acordo com a necessidade individual do paciente.


Fontes:

terça-feira, 24 de maio de 2016

Os riscos da automedicação


A automedicação é uma das práticas mais comuns nos dias atuais. E muitas vezes é feita devido as dificuldades de se conseguir um médico. Uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo mostrou que 1/3 da população na América Latina não tem acesso a um médico e acabam fazendo uso da automedicação por esse motivo. A automedicação pode trazer vantagens para a população, mas se feita em excesso ou de forma desenfreada, pode trazer prejuízos para o paciente.

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Em muitos casos, a automedicação pode mascarar uma doença mais grave, já que os remédios adquiridos apenas cortam os sintomas e não sua causa. Estima-se que a maior parte de mortes e entradas em hospitais são causadas devido intoxicação causada por medicamentos usados sem prescrição de um médico e a maior causa de mortes se atribui a isso. Nem mesmo os agrotóxicos são capazes de superar os casos de intoxicação devido a essa prática.

Segundo a pesquisa apresentada pela USP, as mulheres são as que mais compram medicamentos sem prescrição, devido ao seu papel cultural na sociedade que é voltado para o lar. Quando se trata de medicamentos para crianças, a maior parte dos entrevistados informou que toma cuidado na escolha e se utilizam de medicamentos que outrora haviam sido indicados pelo médico.

Entretanto, existem algumas medidas que poderiam ser realizadas para a diminuição desse problema, começando com menos tempo em filas de espera e acesso a população mais carente. Por estar tornando-se algo cultural no país, é importante que aja instrução para a população sobre o uso do medicamento e isso é função principal dos farmacêuticos com a chamada atenção farmacêutica.



Fonte: 

sábado, 21 de maio de 2016

Hepatite - Causas , Sintomas e Tratamentos , Problemas de Saúde Pública



A importância das Hepatites Virais como problema de saúde pública levou a OMS (Organização Mundial de Saúde) a criar o Dia Mundial de Hepatite (28 de julho) a partir de 2010, com o objetivo de chamar a atenção do mundo para a prevenção de uma doença que pode evoluir com gravidade em casos agudos e crônicos.

A hepatite viral é um sério problema de saúde pública. Pode evoluir de maneira silenciosa (hepatite B e C) e o portador do vírus pode ser um transmissor da doença sem saber. Casos de hepatite B e C crônicos com muita frequência evoluem paracâncer de fígado e cirrose . A gestante portadora do vírus da hepatite B pode transmitir a doença para a criança no momento do nascimento, porisso a importância de vacinar nas primeiras 12 horas de vida.

A hepatite A é adquirida através de água, alimentos e mãos contaminados.

As hepatites B e C são transmitidas por sangue e relações sexuais.

É uma doença que pode ser prevenida principalmente por vacinas (Hepatite A e Hepatite B) . Outras medidas preventivas importantes: controle do sangue de doadores (hepatite B e C), uso de contraceptivo (hepatite B e C), cuidados com alimentos e água (hepatite A), lavagem freqüente de mãos (hepatite A), uso de alicates personalizados para as unhas (hepatite B e C), uso de seringas descartáveis (hepatite B e C), uso de material descartável em tatuagens (hepatite B e C).

A vacina contra Hepatite A deve ser aplicada na criança e no adulto em duas doses com intervalo de 6 meses entre as doses. Na criança, a primeira dose é aplicada aos 12 meses de vida.

A vacina contra Hepatite B é indicada para todas as faixas etárias em 3 doses. É a primeira vacina do bebê e deve ser dada nas primeiras 12 ou 24 horas de vida; uma 2ª dose deve ser aplicada 1 mês depois e a terceira dose 6 meses após a 1ª dose. Esta vacina só entrou no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1998 e quem tem mais de 15 anos pode não ter recebido a vacina. A cobertura em adolescentes é baixa, pois não existe uma cultura de vacinar o adolescente. É importante chamar a atenção de pais e profissionais de saúde para os riscos de transmissão nesta faixa etária – início de atividade sexual.

Não existe ainda vacina contra a Hepatite C.

http://prophylaxis.com.br/strong28-de-novembro-%E2%80%93-dia-mundial-da-hepatite/


O que é Hepatites?
Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite. 


Em que caso preciso fazer exame ?

Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites observe se você já se expôs a algumas dessas situações:
  • Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E);
  • Transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B,C e D);
  • Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B,C e D)

Existe Tratamento e Cura ??


As hepatites têm tratamento e grande chance de cura.

O tratamento é um pouco duro, mas é tolerável e cura cerca de 50% das pessoas infectadas.

REMÉDIOS

Os remédios aprovados pelos órgãos de saúde para tratamento da hepatite c são 2:

- INTERFERON e

- RIBAVIRINA.

Eles devem ser usados em conjunto.


TRATAMENTO


O Interferon é uma injeção subcutânea, de agulha super fina, que deve ser aplicado 1 vêz por semana.

A Ribavirina é uma cartela de cápsulas e a indicação é de aproximadamente 4 comprimidos por dia. A dose varia de pessoa a pessoa, de acordo com o peso e resistência aos efeitos colaterais que cada um apresenta.

DURAÇÃO DO TRATAMENTO

O protocolo de tratamento prevê uma duração de 6 meses de tratamento para os infectados com os genótipos 2 e 3. Para os de genótipo 1, a duração é de 1 ano.


CUSTO DO TRATAMENTO


Embora o tratamento tenha custo elevado, se comprado por conta (aproximadamente US$ 30.000,00 pelos 12 meses) praticamente todos os pacientes se tratam gratuitamente, com os remédios sendo fornecidos pelo SUS.


COMO CONSEGUIR OS REMÉDIOS DE FORMA GRATUITA


O seu médico tem os formulários necessários para apresentação no SUS. Ele vai preencher para você (peça a ele que faça isso, pois o formulário é burocrático e difícil) e você deverá levá-lo até o posto de entrega de medicamentos que ele indicar.

O pedido deverá ser acompanhado de uma série de resultados de exames que você tenha feito (seu médico vai lhe instruir).

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Descarte de medicamentos



Hoje em dia, muitas pessoas não sabem como descartar medicamentos que não lhes servem mais, e muitas delas acabam jogando em lixo comum, lixo orgânico, em vasos sanitários e nas pias. Isso acontece, pois a população não possui informações sobre o descarte correto, o que pode prejudicar o meio ambiente, o meio em que se vive e até as futuras gerações.

"Mas como descartar medicamentos corretamente?"

Existem vários pontos de coleta que recebem o descarte de remédios de forma segura de medicamentos vencidos ou sobras de tratamentos, bem como de suas embalagens e de objetos perfurocortantes usados para ministrá-los e até mesmo algumas farmácias participam na coleta destes.

Se não houver pontos de coleta, procure informações nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) em sua cidade, para receber orientação de como fazer um descarte seguro.



Portanto, o descarte de medicamentos é muito importante, pois pode evitar contaminações ao meio ambiente e a rede de esgoto, o que pode prejudicar a saúde da população se esta não for bem tratada. E vale resaltar que muitas vezes esses remédios vão para o lixão, e muitos catadores de lixos acabam pegando esses medicamentos para se automedicar sem saber os seus efeitos, o que pode causar danos à saúde e levando até mesmo a morte. 

E lembre-se, o período e as dosagens de medicamentos prescritos pelo seu médico devem ser seguidos rigorosamente e evite a automedicação.





Pontos de coletas em Presidente Prudente - SP

Drogasil: AV. Coronel Jose Soares Marcondes, 2700A, Centro.
Drogasil: AV. Manoel Goulart, 2106, Centro.
Drogasil: Rua Joaquim Nabuco, 635, Centro.
Drogasil: Rua Major Felício Tarabay, 585, Centro.
Drogasil: Av. da Saudade, 444, Vila Euclides.



Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=ZHpElwy3OXg

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Gripe H1N1 - Sintomas, Tratamento e Vacina


Gripe H1N1


A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1, um subtipo do influenzavírus do tipo A. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína, que infectaram porcos simultaneamente. O período de incubação é de 3 a 5 dias.


Sintomas

Os sintomas são parecidos com o da gripe comum. Entretanto, a gripe H1N1 pode levar complicações de saúde muito graves, podendo levar até a morte. Ela apresenta como sintomas:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Dor de garganta;
  • Falta de ar
  • Fraqueza;
  • Calafrios;
  • Dores pelo corpo.


Transmissão

A transmissão pode ocorrer pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias.


Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito através da análise das secreções do nariz e da garganta do paciente para confirmar a presença do vírus, que deve ser feita nas primeiras 24 a 72 horas a partir do início dos sintomas.


Tratamento

Para o tratamento é usado os princípios ativos fosfato de oseltamivir e zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e Relenza) e já utilizados no tratamento da gripe aviária, têm-se mostrado eficazes contra o vírus H1N1, especialmente se ministrados nas primeiras 48 horas. Com o aparecimento dos sintomas, deve-se evitar a automedicação e sempre consultar um profissional da saúde.


Vacina

A vacina contra a influenza tipo A é feita com o vírus (H1N1) da doença inativo e fracionado. Existem duas vacinas que protegem contra a infecção pelo H1N1: a trivalente, que imuniza contra dois vírus da influenza A e contra uma cepa do vírus da influenza B,  e a vacina tetravalente (ou quadrivalente) que, além desses vírus imuniza contra uma segunda cepa do vírus da influeza B.

Devido a essa mutação dos vírus, é necessário se vacinar anualmente contra influenza. Grupos prioritários podem receber gratuitamente a vacinação nos postos de saúde.

É indicado para todas as pessoas exceto para as pessoas com alergia grave a ovo, pois pode conter ovoalbumina, uma proteína do ovo responsável por reações alérgicas.

A vacina que é oferecida pelo SUS nos postos de saúde e centros de vacinação é a trivalente e a vacina disponível nas clínicas particulares é a tetravalente, que protege contra uma variação a mais do vírus da gripe.


Epidemiologia

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao todo 207 países e demais territórios notificaram casos confirmados de gripe H1N1 entre 2009 e 2010, quando houve a pandemia da doença. Durante este período, foram quase nove mil mortos em decorrência da gripe H1N1. O surto começou no México, onde uma doença respiratória alastrou-se pela população e chegou rapidamente aos Estados Unidos, Canadá e, depois, para o restante do mundo graças às viagens aéreas.

Em 2016 a gripe H1N1 chegou mais cedo ao Brasil. Em março de 2016 o número de casos só no estado de São Paulo superou a quantidade de pessoas doentes em 2015 em todo o país. Até o momento, foram registrados 444 casos de síndrome aguda respiratória grave por influenza A (H1N1) em todo o Brasil, sendo 71 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde. O maior número de casos foi registrado em São Paulo, com 55 óbitos. A síndrome se caracteriza por febre, tosse e desconforto respiratório. No ano passado inteiro, foram 36 mortes por H1N1 no país. Vacinação contra influenza é a intervenção mais importante na redução do impacto da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, a ação é uma resposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para controlar a circulação de amostras dos vírus. Segundo a pasta, a constante mudança dos vírus influenza requer monitoramento global e frequente reformulação da vacina.



Fontes:

sexta-feira, 13 de maio de 2016

O papel do farmacêutico no SUS





O Sistema Único de Saúde (SUS), criado a mais de 20 anos, mudou a história da saúde no Brasil. Nessas mais de duas décadas de funcionamento, o Sistema ampliou o acesso dos serviços, contribuiu para a redução de doenças, melhorou as condições sanitárias nacionais, aumentou a expectativa de vida do brasileiro e reorganizou a assistência à saúde. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somos mais de 200 milhões brasileiros e, cerca de 150 milhões dependem, exclusivamente, do SUS para cuidar da saúde.

A Constituição Federal garante:

"A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas sociais e econômicas, que visem à redução dos riscos de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação." (BRASIL, 1988).

Mas diante da dimensão continental, diferenças culturais e sociais e má gestão do financiamento em muitos municípios brasileiros, o SUS enfrenta problemas e que, de certa forma, compromete a prestação de serviços de saúde de forma integral à considerável parcela da população.



Toda atividade profissional exercida por farmacêuticos, no Brasil, está sob a jurisdição do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que regulamenta e disciplina o seu exercício, com base na Lei nº 3.820, assinada, no dia 11 de novembro de 1960. Os conselhos são formados com o objetivo de zelar pelos princípios da ética e da disciplina da classe dos que exercem qualquer atividade farmacêutica no Brasil. Dentre as suas atribuições, os conselhos devem colaborar com autoridades sanitárias para uma melhor qualidade de vida do cidadão, além de zelar pela saúde pública, promovendo a difusão da assistência farmacêutica no país.

O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde Pública do Conselho Federal de Farmácia (CFF) promoveu um amplo debate, envolvendo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde e o Ministério de Saúde (por meio do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos) à respeito das atribuições do farmacêutico na gestão da assistência farmacêutica no SUS. Foi então construída e aprovada a Resolução CFF n° 578, de 2013, que regulamenta as atribuições técnico-gerenciais do farmacêutico gestão da assistência farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Essa Resolução aponta as diretrizes para o papel relevante do farmacêutico na política de saúde nos diversos níveis de atenção, definindo como atribuições:
Participar na formulação de políticas e no planejamento das ações, em consonância com a política de saúde de sua esfera de atuação e com o controle social; 

• Participar da elaboração do plano de saúde e demais instrumentos de gestão em sua esfera de atuação;
• Utilizar ferramentas de controle, monitoramento e avaliação, que possibilitem o acompanhamento do plano de saúde e subsidiem a tomada de decisão em sua esfera de atuação; 
• Participar do processo de seleção de medicamentos; 
• Elaborar a programação da aquisição de medicamentos em sua esfera de gestão; 
• Assessorar na elaboração do edital de aquisição de medicamentos e outros produtos para a saúde e das demais etapas do processo; 
• Participar dos processos de valorização, formação e capacitação dos profissionais de saúde que atuam na assistência farmacêutica; 
• Avaliar, de forma permanente, as condições existentes para o armazenamento, a distribuição e a dispensação de medicamentos, realizando os encaminhamentos necessários para atender à legislação sanitária vigente; 
• Desenvolver ações para a promoção do uso racional de medicamentos; 
• Participar das atividades relacionadas ao gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde, conforme legislação sanitária vigente; 
• Promover a inserção da assistência farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde (RAS) e dos serviços farmacêuticos.

A assistência farmacêutica apresenta-se como um componente essencial dos sistemas de atenção à saúde. É uma área estratégica, na medida em que o medicamento – e os serviços farmacêuticos clínicos, que devem estar a ele associados –, está entre as principais ferramentas de intervenção sobre grande parte das doenças e agravos que acometem a população.

Portanto, o papel do farmacêutico no SUS é de fundamental importância para que o número de doenças e agravos diminuam, e que haja prevenções para que não surjam doenças, através do acompanhamento a população e o local onde residem. Também trabalhar no dispensamento e observação de medicamentos a população e, sempre promover o uso racional de medicamentos.



Fonte:

Retirado do livro "O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS: Diretrizes para ação".

terça-feira, 10 de maio de 2016

Sífilis - Estágios da doença, diagnóstico e tratamento


A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Uma das causas é transmitida via contato sexual e que entra no corpo por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas.

A enfermidade se manifesta em três estágios diferentes: sífilis primária, secundária e terciária. Nos dois primeiros, os sintomas são mais evidentes e o risco de transmissão é maior. Depois, há um período praticamente assintomático, em que a bactéria fica latente no organismo, mas a doença retorna com agressividade acompanhada de complicações graves, causando cegueira, paralisia, doença cardíaca, transtornos mentais e até a morte.

O período de incubação, em média, é de três semanas, mas pode variar de 10 à 90 dias.


História

Na Grécia Antiga, não se conhecia a sífilis e as doenças sexualmente transmissíveis (DST) eram chamadas de doenças venéreas numa alusão a Vênus, a deusa do amor.

A partir do começo do século XX, Shaudin descobriu que a sífilis era causada pela bactéria Treponema pallidum e Wassermann desenvolveu um teste para detectar a infecção no organismo.


Sífilis primária

A sífilis primária é o estágio inicial da doença, que surge cerca de 3 semanas após o contágio. Essa fase é caracterizada pelo aparecimento do cancro duro, pequenas lesões avermelhadas nos órgãos genitais que acabam desaparecendo após 4 ou 5 semanas sem deixar cicatrizes. Esse tipo de lesão é característico dos pacientes com imunidade integra. Nas pessoas com alterações da imunidade, por terem sido submetidas a transplantes e estarem tomando drogas imunossupressoras, ou por serem portadoras do vírus HIV ou já terem manifestado a Aids, as lesões deixam de ser únicas e passam a ser múltiplas. São lesões friáveis, ou seja, sangra com facilidade, e, mesmo utilizando medicação específica, o tempo de cicatrização é muito superior ao dos pacientes com sistema de defesa integro.


Sífilis secundária

Em 25% dos pacientes não tratados na fase primária, algumas semanas ou meses após o desaparecimento do cancro duro, a sífilis retorna, agora disseminada pelo organismo. Em alguns casos, o paciente só descobre que tem sífilis na fase secundária, pois a lesão primária pode ter passado despercebida na época. Essa forma de sífilis se manifesta com erupções na pele, classicamente nas palmas das mãos e solas dos pés. Também são comuns febre, mal estar, perda do apetite, dor nas articulações, queda de cabelo, lesões oculares e aumento dos linfonodos difusamente pelo corpo.


Sífilis latente - fase assintomática

Após o desaparecimento da sífilis secundária, o paciente entra na fase latente da doença. Não há sintomas, mas os testes laboratoriais para sífilis são positivos. A fase latente é dividida em latente precoce, quando a contaminação pelo Treponema pallidum ocorreu há menos de um ano, ou latente tardia, nos casos de infecção há mais de um ano.


Sífilis terciária

Os pacientes podem ficar vários anos, inclusive décadas, assintomáticos na fase latente antes de um novo retorno da doença. Esta nova fase, quando os sintomas retornam, é chamada de sífilis terciária, a forma mais grave da doença. O comprometimento do sistema nervoso central, do sistema cardiovascular com inflamação da aorta, lesões na pele e nos ossos, são os sintomas nessa fase. 

Acomete aproximadamente 15 a 30% das pessoas infectadas não tratadas o desenvolvimento do estágio terciário da doença.


Sífilis congênita

É uma doença transmitida de mãe para criança durante a gestação. São complicações dessa forma da doença: aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer.

Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo, tratar corretamente a mulher, para evitar a transmissão vertical.


Diagnóstico

O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. O TR de sífilis é distribuído pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (DDAHV/SVS/MS), como parte da estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica dessa IST. 

Quando o TR for utilizado como triagem, nos casos positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial (não treponêmico) para confirmação do diagnóstico.
Em caso de gestante, o tratamento deve ser iniciado com apenas um teste positivo (reagente), sem precisar aguardar o resultado do segundo teste.


Tratamento

O tratamento é feito com antibióticos, especialmente penicilina. Deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais.


Epidemiologia

A OMS estima em 340 milhões o número de casos novos de DST curáveis (sífilis, gonorréia, clamídia, tricomoníase). Os dados da prevalência nos trópicos mostram que a sífilis, conforme a região, é a segunda ou terceira causa de úlcera genital (outras são o cancro mole e herpes genital). Houve recrudescimento da sífilis na Irlanda, Alemanha e cidades americanas, como São Francisco e Los Angeles, em grupos com comportamento de risco, como homens que fazem sexo com homens e profissionais do sexo. Em relação à sífilis congênita, os dados obtidos em programas de pré-natal e maternidades mostraram soro prevalências elevadas, principalmente em países africanos. 

No Brasil, as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de transmissão de sífilis na população sexualmente ativa são de 937.000 casos a cada ano. Apesar dos vários indícios de subdiagnóstico e subnotificação, foram notificados em Santa Catarina, no período de 1994 a 2011, 8.843 casos de sífilis adquirida, com uma média de 490 casos anuais. Cerca de 60% deles estão concentrados na faixa etária dos 20 aos 39 anos, com discreto predomínio no sexo feminino, possivelmente explicado pela análise incluir dados de gestantes, que são sistematicamente testadas no pré-natal. Em Florianópolis, também tem sido percebido o aumento nas notificações de sífilis nos últimos anos. É possível que o aumento do acesso aos serviços de saúde e maior sensibilização para o diagnóstico e notificação da doença expliquem, ao menos em parte, este incremento, embora um aumento na incidência da doença em nosso meio também seja possível. Entre 2007 e 2014, a Vigilância Epidemiológica recebeu 1.439 notificações de sífilis.



Fontes: